quinta-feira, 1 de maio de 2008

Girls in the Rock - Song for the ladies (continuação)

A década de 70 já nos trouxe coisas como The Runnaways, que revelou nomes como Joan Jett e Lita Ford, na época todas recém saídas da adolescencia... Suzi Quatro também foi outra aparição dos anos 70, e também a cantora Debbie Harry do grupo Blondie. Nesta época também foi revelada a Nico, vocalista do Velvet Underground,e Chrissie Hynde, do The Pretenders. Mas mesmo tendo noção de que o espaço aqui nos anos 70 para as mulheres se tornava um pouco maior, os nomes e bandas femininas eram praticamente inexpressivos se comparados aos "grandes nomes do rock" que surgiam nessa época, como Deep Purple, Black Sabbath, Queen, Alice Cooper... e no punk: Ramones, Sex Pistols, Clash...


Nos anos 80, enquanto o punk ia dando mais abertura para as mulheres, o metal continuava meio que fechado nesse sentido... bandas como Girlschool(hard rock), formada unicamente por mulheres, não tinham tanta vizibilidade quanto as bandas masculinas... Já, dentro do punk, mesmo tendo surgido bandas como Devotchkas (já do final da década de 80) e outras bandas femininas, inclusive no Brasil, estas não forma tão expressivas quanto bandas como Black Flag, Minor Threat, Bad Brains, Cólera, Ratos de Porão, Joelho de Porco...


Foi no início da década de 90, nos EUA, mais precisamente em Washington D.C., que as meninas de dentro do movimento punk resolveram se rebelar contra as atitudes machistas de dentro do próprio movimento e do rock em geral, criticando idéias como "garotas não sabem tocar guitarras, bateria, ou baixo tão bem quantos os homens". Eis as Riot Grrrls. Essas sim, chutaram o "pau da barraca" e resolveram mostrar o quanto as meninas podem ser potentes dentro do rock. Desenvolveram todo um movimento orientado por idéias feministas, confeccionando fanzines e realizando festivais de bandas de punk e hardcore femininas... O nome Riot Grrrl traduzido ao "pé da letra" seria mais ou menos "garota que destrói", mas o movimento levou esse nome por conta de um zine chamado justamente Riot Grrrl, feito por Alisson Wolfe, da banda Bratmobile, onde elas demonstravam toda a revolta contra alguns dogmas "imutáveis" de dentro do rock. Foi aí que surgiram bandas como a já citada Bratmobile, o grande ícone do movimento Riot que era o Bikini Kill, L7, Heavens to Betsy, Babies In Toyland (antiga banda de Courtney Love), Sleater-Kinney, e muitas outras... Esse movimento, chegando aqui no Brasil nos presenteia com clássicos (na minha opinião, hahahha) como Bulimia (Brasília) e Dominatrix (São Paulo).




Todas elas servem de inspiração para bandas de meninas até hoje, pois não se pode negar que ainda há preconceito, mesmo tendo sido percebido um certo apoio... porque muitas vezes esse preconceito pode está irrustido. Desde a década de 60, as garotas vem conquistando seu espaço dentro do rock aos pouquinhos... o que não quer dizer que a conquista acabou, porque ainda há muita descriminação para ser rebatida, muito preconceito que precisa ser destruído. Idéias como "mulher não sabe tocar" ainda se faz muito presente. É por este motivo que garotas que desejam tocar devem ser sempre incentivadas, se não por homens, mas pelas próprias meninas da cena, pois é justamente o surgimento de bandas femininas com atitude que vai destruindo o preconceito... e como diz o "hit" do Bulimia: "Punk Rock não é só pro seu namorado!"

A partir de agora, vou falar aqui sobre bandas femininas e sempre que possível entrevistas... Mas vou logo avisando que não pretendo seguir uma ordem cronológica, pois dá muito trabalho (haushuahsuash...), vou mostrando e divulgando as bandas aqui na medida em que elas forem surgindo, ok??!!
Então, é isso... e até a próxima...

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