terça-feira, 22 de setembro de 2009

As Mercenárias

Em meio a uma cena onde a música punk no Brasil era dominada por homens (vide Cólera, Inocentes, Olho Seco, Ratos do Porão), as universitárias da PUC e USP Sandra (baixo), Ana (guitarra) e Rosália (vocal) resolvem chamar a atenção como As Mercenárias.

Pois é, o Brasil também não nos deixou a desejar quanto a bandas femininas na década 80. Pois esta trata-se tão e somente de uma das melhores bandas de rock/punk que o Brasil já conheceu, principalmente em se tratando de criatividade, irreverência e autonomia. Tudo teve início em 1981, em São Paulo, quando as moças se conheceram num jogo de handball. As Mercenárias chegaram chutando tudo pra cima! Enquanto a galera do punk manchavam tudo com aquele visual preto sério e sisudo, elas preferiam tudo colorido. Enquanto os meninos (em sua maioria garotos de periferia) faziam as músicas da forma mais simples e "três acordes" que se possa imaginar, As Mercenárias "complicavam" suas músicas um pouco mais. Elas usavam vários arranjos, e apesar da predominância punk elas não despresavam a influência new wave, o que acabou deixando a música mais bem acabada. Elas possuíam a influência clara do punk "linha dura" dos Sex Pistols e Dead Boys, mas ao mesmo tempo havia uma carga pesada de influências como Siouxsie and the Banshees e Joy Division, fazendo com que elas brincassem livremente entre o pós-punk e o new wave. As letras, mesmo também com temáticas escrachadamente punk, eram escritas de forma muito mais lírica, o que já fazia um diferencial. Um detalhe importante: o primeiro baterista foi, o ainda desconhecido na época, Edgar Escandurra (pra quem não sabe, integrante do Ira! =P). Mas ele passou pouco tempo, e quem acabou assumindo o posto foi Lou, que tornou a banda então 100% feminina. Adeptas do "Do It Your Self" elas faziam as composições, tocavam os instrumentos e produziam os próprios shows sem a ajuda de ninguém.


O primeiro LP dessas moças, o conhecido "Cadê as Armas?", foi lançado por um selo independente chamado Baratos Afins, em 1986, que traz a famigerada faixa Polícia (que nem é a dos Titãs, apesar de alguns afirmarem (e outros negarem) que a "Polícia" dos Titãs era de fato influência delas), e outras como Me Perco Nesse Tempo e Pânico. O segundo LP, intitulado "Trashland", de 1988, já foi lançado pela grande gravadora EMI, que após o lançamento do disco e apesar do sucesso (o disco foi considerado o melhor do ano pela ShowBizz), a EMI deu "um pé na bunda" das meninas sem maiores explicações. E assim, mesmo com um certo sucesso e visibilidade, As Mercenárias, acabaram deixando para a posteridade apenas esses dois citados LPs. Elas deram um fim na banda logo após o lançamento de Trashland. Porém, todavia e no entanto, em 2005, foi lançada a coletânea "O Começo do Fim do Mundo - Beginning of the End of the World: Brasilian Post-Punk 1982-85", que reune exatamente as 10 faixas de "Cadê as Armas" e mais outras 6 faixas que fazem parte do "Trashland".





Um certo rapaz escreveu um texto interessante e bem escrito sobre elas, que eu , apesar de descordar de algumas coisas, achei bem legal. Caso se interessem, caros drugies, dêem uma olhada AQUI.



Beijumiliguem

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Rock On, Baby!!!

terça-feira, 15 de setembro de 2009

The Bangles

Bem no começo a banda atendia pelo nome de The Supersonic Bangs, que depois virou The Bangs, até chegar à The Bangles. Tudo começou em 1981.

A primeira formação era Susanna Hoffs (guitarra e vocal), Debbi Peterson (bateria, vocal e baixo) e Vicki Peterson (guitarra, vocal e baixo). A primeira baixista foi Annette Zilinskas, que entrou pra banda em 1982, e mais tarde foi substituída por Micki Steele, ex- baixista das gloriosas Runaways. O primeiro álbum só foi lançado em 1984, mas o estouro mesmo só veio em 1986 com o álbum "Different Light", que trouxe o famoso hit "Walk like an Egyptian", o que garantiu às Bangles o sucesso nas paradas e as aparições constantes na MTV. O sucesso das meninas continuou em 1988, com o lançamento do álbum "Everything", que trouxe com ele a famosa baladinha que acabou tendo a cara dos casais apaixonados dos anos 80, a famosa "Eternal Flames" (Quem viveu na década de 80, nem que tenha sido aquele amorzinho de infância deve ter namorado um dia ao som de "Close your eyes, give me your hands, darling..." S2).

Por razões de brigas internas, a banda acabou logo após o lançamentos de Everything, mas se reuniram em 2000, e fizeram turnês 2001 e 2002, chegando até a lançar um álbum com inéditas, o tal "Doll Revolution".
As Bangles foi mais uma banda da década de 80 que arrasou nas paradas, e "deram tanto close" que até o conhecido Prince fez uma música pra elas (A canção Manic Monday, pra quem não sabe, foi feita pras Bangles). Elas também são tema de uma canção da banda The Saw Doctors, que se chama "I'd Love to Kiss the Bangles". E elas ainda tiveram uma participação na série de Tv Gilmore Girls.

E, pra quem se interessa por pérolas do pop/rock da década de 80 e gosta de sentir topda áurea de listras coloridas e estampadas daquela época, não deixe de baixar Bangles. Elas são très chic!!





Beijumiliguem

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Rock On, Baby!!!

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

The Go-Go's


As Go-go's começaram as atividades em 1978, mas só lançaram o primeiro trabalho em 1982, que foi o álbum Beauty and the Beat. Elas vinheram de Los Angeles e faziam parte da cena punk local. A vocalista Belinda Carlisle, sob o nome de Dottie Danger, teve uma rápída passagem pela conhecida banda The Germs. Nessa época, ela teve uns probleminhas de saúde que fez com que ela se afastasse da banda antes mesmo da sua primeira apresentação.

As Go-go's realmente começaram tocando punk rock, e só do final de 79 pro início dos anos 80 elas começaram a pender para o lado pop/new wave da coisa. Li em algum lugar, que o primeiro nome da banda foi The Misfits (que nada tem a ver com Glen Danzig). A banda passou por algumas mudanças na formação até chegar a Belinda Carlisle (Vocal), Jane Wiedlin (guitarra), Charlotte Caffey (guitarra, teclados), Kathy Valentine (baixo) e Gina Schock (Bateria). O primeiro álbum, o tal Beauty and the Beat, liderou as paradas americanas por 6 semanas, o que foi uma surpresa (e uma granda alegria também) para o selo que havia assinado com as meninas, o I.R.S Records. Mas, o álbum também foi um sucesso fora dos EUA, e rendeu horrores no Canadá e na Europa. E assim as Go-go's entraram para a história da música como a primeira banda feminina a ficar ficar no topo das paradas da Billboard. Nesse mesmo ano de 1982, a banda recebeu o Grammy de melhor artista.


Em 1984, o álbum Talk Show foi lançado (foi nessa época que elas deram uma passada pelo Brasil, e tocaram no Rock In Rio). E mesmo tendo duas faixas no topo das paradas, as vendas não foram mais as mesmas. Nesta época sugiam problemas também com drogas, por parte de algumas integrantes, e por conseguinte, algumas brigas internas. As Go-go's decidiram por um "fim" na história em maio de 1985.

But, em 1990, elas deram uma retornada, e se apresentaram num show beneficente. e nessa "conversinha",em 1994 acabou saindo o álbum Return to the valley of the Go-go's (que é o cd que está aqui disponível pra vcs). Depois disso, forma várias brigas na justiça, entre as próprias integrantes, até quem em 1999 elas resolveram dar novamente uma canja e realizaram uma nova tour.


Eis que em 2001, ainda com a formação clássica, elas lançam God Bless the Go-go's, álbum este que, apesar de bem recebido pela crítica, não vendeu lá essas coisas. E assim, elas, até hoje, vez por outra, estão excursionando por aí, apesar de alegarem não haver planos de lançar material novo.

The Go-go's é realmente um clássico dos anos 80. Quem conhece e gosta de new wave e do pop daquela época sabe muito bem o valor das meninas. Não só por ter sido de grande sucesso, mas, mais ainda, por ser uma banda unicamente de garotas a alcançar tanta fama, as Go-go's tem um peso a mais. Sim! A década de 80 realmente teve um "boom" no quesito girls bands, o que tornou realmente a época um pouco mais especial.





Beijuxmiliguem =]



Rock On, Baby!!!